Eu ainda sou a favor do romantismo, das declarações, das grandes paixões, dos inesquecíveis amores.
Mas contra o romantismo obsessivo, as declarações absurdas, as paixões doentias e os amores sufocados.
É o meio-termo que eu busco. O romantismo benéfico, as declarações emocionantes, as paixões saudáveis e os amores bem vividos.
É o equilíbrio que mantém tudo no seu devido lugar.
É o equilíbrio que eu busco.
E eu vou encontra-lo.

but i'm in so deep... you know i'm such a fool for you...

Parabéns!

Era uma tarde bonita aos seus olhos, o sol brilhava, o céu estava limpo e o vento gelado cortando o rosto. Ele levou alguns minutos para estacionar o carro e atravessar a rua, o trânsito estava incrívelmente agitado naquela hora.
Entrou no bar, onde o amigo o esperava ha alguns minutos com dois copos de cerveja bem servidos, um deles intocado, à sua espera. O gosto era agradável, confortante e, na medida do possível, o fez sentir-se melhor. Depois do primeiro gole, serviu-se mais uma vez e bebeu, olhando para o nada, com cara de nada, por dentro, o nada.
O outro, impaciente com sua demora, resolve iniciar o tão esperado diálogo:
- E aí, cara, como foi?
- É... eu consegui! - ele responde, o desânimo saindo junto com as palavras fracas.
- Voltaram, então? Eu te dis...
- Não! Eu consegui perdê-la. Consegui. Cadê meu prêmio?! Hein?! - agora as palavras eram fortes e atraíram alguns olhares.
- Eeeei, calma! Não é o fim do mundo, a vida continua!
- Não, você não ta entendendo! De todas foi a que mais me deu liberdade, a que mais respeitou meus limites... e eu consegui perder tudo isso. Eu fui burro o suficiente pra perder.
O amigo ficou quieto, desistiu, não importa o que disesse, ele sempre sentiria a culpa.
E no barulhento silêncio do bar ficaram.
O inconsolável e seu amigo.
O incompetente e seu amigo.
O burro e seu amigo.

Querido Papai Noel,
Eu queria pedir um nariz novo e que funcione de presente de natal.
Queria lembrar o senhor de que eu me comportei muito durante o ano, passei de ano na escola, me dediquei aos estudos e fui uma boa irmã, filha, neta, amiga, prima e namorada, mesmo com o nariz todo encrencado.
Um grande beijo, Júlia.

Enquanto não reconhecermos nossos erros, as coisas não mudam.
É assim com todo mundo, desde sempre e para sempre.
Não adianta achar que estamos livres da culpa por falta de reclamação.
A culpa está em nós.
E se não fizermos nada para mudar, assim continua.
Frio e triste.

Evite ser Traído

Por Arnaldo Jabor
Assim, após um processo 'investigatório' junto a essas 'mulheres modernas' pude constatar o pior.
VOCÊ SERÁ (OU É???) 'corno', ao menos que:

- Nunca deixe uma 'mulher moderna' insegura. Antigamente elas choravam. Hoje elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.
- Não ache que ela tem poderes 'adivinhatórios'. Ela tem de saber da sua boca o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.
- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol) mais do que duas vezes por semana, três vezes então, é asssinar atestado de 'chifrudo'. As 'mulheres modernas' dificilmente andam implicando com isso, e se implicar uma vez e depois não se importar mais.... atenção!! Aí tem!!! Entretanto, elas são categoricamente 'cheias de amor pra dar' e precisam da 'presença masculina'. Se não for a sua meu amigo.... Bem... com certeza será de outro. Mulheres assim nunca ficam sozinhas! Pelo contrário tem sempre no mínimo 3 na fila.
- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As 'mulheres modernas' têm um pique absurdo em relação ao sexo e, principalmente dos 25 aos 42 anos, elas pensam, e querem fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas a pura verdade)... Bom, nem precisa dizer que se não for com você...
- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????
- Nem pense em provocar 'ciuminhos' vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.
- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar ou imaginar o fato de você estar olhando para outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo a um 'chifre' tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS 'comedor' do que você... só que o prato principal, bem... dessa vez é a SUA mulher.
- Sabe aquele bonitão que você sabe que sairia com a sua mulher a qualquer hora? Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece... Quando você reparar... já foi.
- Tente estar menos 'cansado'. A 'mulher moderna' também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para muita coisa.
- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em 'baladas', 'se pegando' em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A 'mulher moderna' não pode sentir falta dessas coisas... senão...

Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão 'quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência'. Desse modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas 'mancadas'...
Proteja-a, ame-a, e principalmente, faça-a saber disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele 'bonitão' (ou aqueles bonitões) que vive (vivem) enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!!

Quem não se dedica, se complica. Como diz uma amiga: 'MULHER NÃO TRAI, APENAS SE VINGA'.

Um bêbada feliz.
Daquelas que te abraçam e choram não só por estarem bêbadas. Mas por estarem felizes.
As coisas vão bem né?
Ninguem vai tirar isso de mim.
É a MINHA felicidade e eu vou brigar por ela.
Talvez isso nem seja lembrado. Mas esta registrado.
Um dia feliz. Como todas as minhas sextas. Felizes.
É, feliz.

Certas cenas não me comovem mais.
Certas lembranças não me incomodam mais.
É tudo indiferente. Eu estou indiferente.
A calma do passado, né?
E quando te disserem que o tempo cura tudo, acredite.
Deixe ele demorar os dias, meses e anos a vontade.
Ele cura.

Eram tantas as recordações boas para registrar.
Era tão grande a felicidade.
Não cabia em mim.
De um, o abraço tão esperado.
De outra, o sorriso sincero
E os olhos mais bonitos.
Daquele, as promessas de um futuro melhor.
Deles, a alegria, o amor.
Não cabia em mim.
Era tão grande a felicidade.
E foi assim durante horas.
Meus sorrisos. Minhas recordações.
E como nada pode ser perfeito.
Veio a fraqueza, a tristeza.
O destino compensou.
E eu constatei.
Ninguém pode ser inteiramente feliz,
Uma pitada de angústia sempre deve estar presente.
A felicidade diminui.
Agora ela cabe em mim, e ainda sobra espaço.

quanto vale a culpa e um pouquinho de atenção?

As suas entrelinhas eu não entendo.
Não entendo nem as minhas, quem dirá as suas.
Eu entendia, mas o caldo ta engrossando pro meu lado, meu cérebro ta tapado.
Acho que meus neurônios estão de greve. Temporária, por favor.
Ou talvez eu esteja sã demais - agradando à quem está no poder - e isso é muito chato.
Gosto da loucura, da viagem. Não vamos levar as coisas tão a sério.
Tchau, lucidez, você me trouxe muitos problemas desde que apareceu e eu quero voltar pra minha loucura pensante. Vai, tchau!
Por que não vai embora?

E hoje: eu toda animadinha. 'Uhul, to inspirada. Hoje saem postagens, cartas.. tudo o que eu tava precisando!'. Daí eu sento, pego a caneta e... palavras? Acho que elas estão dormindo ainda.

Como Sempre E Pela Última Vez.

Hoje eu me levantei as 6h 10, como sempre. Fui ao banheiro, me despi com indiferença e tomei banho, como sempre. Fui para o quarto me vestir e, como sempre, não achei minha calça logo de primeira. Tomei meu café exatamente as 6h 40, como sempre, e então coloquei os sapatos. Escovei o cabelo, os dentes, peguei a bolsa, a câmera, o caderno e, como sempre, sai. Fui para o ponto de ônibus onde o motorista ja me esperava porque, como sempre, ele sabia que eu estaria chegando. Desci as escadas do ônibus e segui em direção a escola e, como sempre, entrei. Como sempre, mas pela última vez.
Entrei naquela sala, fui em direção à penúltima carteira e lá fiquei. O sinal bateu e, como sempre, fui para fora. Cantei, como sempre e pela última vez, ao som do violão a canção mais clichê, sentada no pátio. Joguei truco, fotografei, filmei, ri. Como sempre e pela última vez. Cochilei na carteira, como sempre, mas não dormi porque era a última vez.
O gosto da escola eu não sinto mais. Esse eu senti pela última vez. E, como sempre, estará guardado num lugar remoto, junto às boas recordações, as recordações fiéis.
E lá ficará. Trancado, com o título:"Nos meus tempos de ensino médio."
Oi, nova fase.

Uma Passagem

Uma rua movimentada, um casal e dois repórteres.
- Estamos entrevistando vestibulandos para falar sobre a prova da unesp, vocês podem nos contar o que acharam da prova de ontem?
- Não. - responde seco o mocinho sem nem dar chance à namorada.
Continuam andando e entram em uma loja muito bonita de vestidos, onde a moça com expressões tristes e que há pouco estava de mãos dadas com um babaca experimenta vestidos de festa com muito gosto. Ela ignora a insatisfação no rosto do parceiro, que está sentado em uma cadeira afastada, longe dos olhos dela.
A vendedora, ruiva de olhos verdes e feição amável, a trata muito bem, enquanto atende também um garoto - ou um moço? - com um brilho no olhar tão... encantador!
A garota - ou moça? - o vê pelo reflexo do espelho.
"Como eu queria estar com ao seu lado!"

Ta ficando tão chato que até minhas músicas me irritam.
Isso seria uma revolução?
É que até então, música era o meu santo remédio, amém.
Eu, hein...

Esses meus modos, essas minhas cismas, esses meus vícios...
Todos eles me dizem pra continuar sendo assim, já que não vai mudar mesmo.
E as pessoas também não vão mudar, meu bem, nem se iluda. Elas são sempre as últimas a colaborar.
Aceito isso ou vivo o dilema. O meu dilema.
É tão particular, eu gosto. Só eu entendo, só eu sinto. Mas não depende exclusivamente de mim para resolvê-lo.
E daí? É meu, eu que me vire. Ta aqui dentro, bem guardado, num lugar de difícil acesso, onde poucas - ou até nenhuma - pessoas conseguiram chegar.
E assim eu me contento, tô segura. Vivo na ilusão por mais um tempo. Tempo suficiente para curar e sangrar de novo.
Ok, ta ficando complicado demais até pro cérebro que inventou isso entender.
Então paramos por aqui.
Até o próximo sangramento.

Por fora um doce. Um sorriso calmo, uma aparente felicidade.
Por dentro uma corrosão sem tamanho. Um breu.
Se quiser entender a complexidade do ser, tente primeiro penetrar no escudo.
Taí o pior problema.

Uma vez uma pessoa importante me disse que ninguém tiraria minha felicidade.
Tenho altos e baixos, mas ela estava certa.

escolhida, por unanimidade, a maior saudade já sentida.

Espaço Vazio

Sua bagunça e seu silêncio.
Ninguém pra piorar a bagunça, ninguém pra matar o silêncio.
Suas coisas e sua cama.
Ninguém pra dividir.
Seus problemas.
Ninguém pra piorá-los.
Seus hábitos e sua decisões
Ninguém pra interferir neles.
O cúmulo do egoísmo.
Tudo seu. Só seu.
Só-seu.
Só-zinho.
Só.

Ok, ok. De nada nessa vida temos certeza. Fato.
Só que viver na dúvida é um tantinho chato e indiretas deixam um vazio.
Foi-se o tempo em que elas completavam. Volta, tempo?
Tempo bom. Não que esse não seja, nenhum tempo é ruim.
As lições nós tiramos de todos os tempos. Pelo menos esse é o lado bom do tempo que pensamos ser ruim.
E o lado ruim do tempo bom? Não sei o que ele nos revela.
Peraí! Tem lado ruim? Achei que por ser bom, não haveria outro lado.
Ambas as partes, ambos os sexos, ambos os pontos de vista.
O esquerdo e o direito, o feminino e o masculino, o bom e o ruim.
Ambos os pontos de vista.

então dorme, anjo. não vale a pena preocupar-se por tão pouco, o universo inteiro conspira a nosso favor.

E eu cheguei à conclusão de que matemática é uma coisa bem inspiradora mesmo.
Pra suicidas ociosos que precisam de um bom motivo.

"Ela vai fazer história... quem é normal fazendo história?"
Eu não sou, você é?
Credo, sai pra lá monotonia.
Agora, uma opinião pessoal da criadora do eu-lírico que aqui vos escreve: Ela tomou isso com um elogio e no fundo achou super legal!

Pra quê?

Pra que conversar se posso violentar?
Pra que colaborar se posso contrariar?
Pra que brincar se posso brigar?
Pra que entender se posso confundir?
Pra que colorir se posso descolorir?
Pra que ajudar se posso atrapalhar?
Pra que elogiar se posso difamar?
Pra que ficar se posso ir?
Pra que dançar se posso deitar?
Pra que rir se posso chorar?
Pra que amar se posso odiar?
Ah, o amor... ele que nos impede disso tudo.

Cinco - Ele e Ela.

Não saber o que fazer. Ela não sabia e Ele também não. Só que com coisas diferentes.
Ela com a dor. Ele com Ela.
Na verdade, a questão dele é um pouco mais complicada, ja que Ele nem sabe como lidar com isso, é um tanto novo esse mundo sob o seu ponto de vista. Mas a situação está deixando de ser chata e começando a ficar triste... será que Ele percebe?
Ah.. Ela percebeu ha muito, muito tempo. Ela está sentindo ha muito tempo. Sentindo a agonia, eu digo, porque o amor está sempre presente. Seu único medo é de que o amor seja sufocado pela agonia.
Ah, meu Deus! Tem como? Será?
Toquei no ponto crucial. Agora, feri.
E é aí que eu retorno a afirmar: pensar não é uma coisa boa.
A agonia ainda não sufoca, pode nem sufocar, mas os pensamentos sufocam. Seu peito, sua alma, sua calma. Daí o medo, a insegurança, a tristeza, a agonia. Esses vão se desencadeando rapidamente, machucando com o seu desenrolar.
Tudo isso dentro dela.
E Ele nem percebe.

Não quer acreditar, não acredite. Mas quando eu digo pra não se importar com ninguém, porque ninguém se importa, eu que sou a chata.
Ainda preciso descobrir se sou cética ou não, mas ta difícil.

vida pública é um saco mesmo.
cheio de gente que não presta querendo saber.
ai, que raiva.

i'm almost alive, and i need you to try... and save me.

Eu não tô mais suportando tudo isso. Dúvidas, pra que vocês apareceram? Eu estava bem sem vocês. É? Não é? Saco.
Ou talvez eu esteja tão fechada num mundinho ridículo que nem consiga entender o que se passa um palmo a minha frente. Obrigada, egoísmo. Você só se mostra presente nos momentos em que eu realmente devo pensar em mim.
Pode ser também que as pessoas não consigam ser mais claras comigo, não pode? Merda.
Ta na hora de aprender a viver, né?
O problema é que eu nao sou autodidata.

E agora seu cheiro está em mim, como se fosse meu.
Percorre os ares, vem de encontro. E quando chega traz a saudade.
Ah, saudade. Essa sim, dói.
Por mim; por nós, ela nem exisitiria. Viria as vezes, quase nunca.
Em doses exageradas faz mal.
O bom é que traz consigo a lembrança boa.
Traz o gosto do beijo, o calor do abraço, o sorriso dos momentos, a emoção da certeza, a alegria do reencontro, a felicidade do estar perto...
Mas tudo começa com o cheiro.
E com o cheiro permanecerá.
Na cabeça, no coração.

o rock conquista.
fãs, amigos, namoros, ouvidos, corações, batidas, festas, ânimos, bocas, passos, pés, braços e mãos, mães também, admiradores, certos pais, futuramente avós, shows, poemas, prosa, verso, poesia, estrofe, refrão, épocas, lembranças, sentimentos, blogs, toca-discos e ipods, rádios, câmeras, filmagens, imagens, beijos, inspirações, lugares e espaços, mentes, cenários, imaginações...
ouça e saberá.

Eu não tô querendo apelar. É que tudo fica mais calmo quando você está aqui.
Calmaria. É disso que eu preciso.

Se ser abstrato é mais fácil do que ser claro, por que é tão dificil tentar ser subjetivo?
Ou será que o subjetivo só é mais difícil por ser subjetivo?
Fica aquela impressão do 'uau, que coisa subjetiva!', rostos admirados e feições boquiabertas.
E você achando que está arrasando.
Daí eu prefiro nem escrever.
Ah, hipocrisia!

diálogo (?)

- Quando a gente pensa muito na nossa morte é por que ta pra morrer?
- Não, é porque não tem nada de bom pra fazer, daí pensa merda.
- Ah...

Pérolas de uma sala de cursinho 5

"Todas as pessoas falam que professores de história são comunistas, ateus, bissexuais e maconheiros. Eu não sou nada disso, mas confesso que ja fui jovem."
[Joel - prof de história]

Temos que escrever.
Senão, o que será dos nossos blogs?
Criatividade, cadê você? Foi tomar um sorvetinho? Então volta logo que eu tô com saudade.

Música é uma coisa da qual eu realmente não entendo: existem as bandas que eu gosto, e as que eu não conheço.

Nada mais poético do que uma terça-feira chuvosa, longe Dele e com mil pensamentos na cabeça.
Vamos pensar, minha gente. Pensar.

Não há nada que abale esse nosso medíocre modelo capitalista, não é mesmo?
A mídia está implantando o medo e a paranóia na cabeça da população por causa da gripe suína, e mesmo assim estão todos no shopping consumindo o seu consumismo, gastando o que não têm, se presenteando para suprir as necessidades psicológicas.
Milhões de pessoas morrem por doenças tão comuns, e o governo incentivando a compra de medicamentos e vacinas para uma gripe que não causa nem uma parcela mínima de mortes que doenças como a malária causam. E as pessoas compram!
Compram máscaras, compram remédios, compram vacinas, compram, compram, compram.
CHEGA, SEUS MALDITOS CONSUMISTAS!
Não vêem que existem outras prioridades?
O mundo está se acabando e ninguém está percebendo. Estão todos olhando para os seus respectivos umbigos - e para os dos seus vizinhos, pra ver qual está mais limpo - e se preocupando apenas com o que lhe diz respeito diretamente. Pobres coitados! O aquecimento global, a poluição, a fome, a miséria, a morte de animais por pura prepotência também são problemas que envolvem cada um de nós e ninguém se preocupa.
Maldita hora em que o macaco resolveu evoluir. Comer bananas e pular de galho em galho é mais saudável que destruir o planeta em nome do egoísmo.
Eu tenho é dó de vocês. Que bom que faço a minha parte.

Pérolas de uma sala de cursinho 5

"A gente nunca pensa 'eba, agora estou pronto pra amadurecer, mundo aqui vou eu' "
[Kauan]

um grande consolo!

Vegetariano Incompreendido

Já passava das 2 da tarde, quando resolveu verificar se havia algo comestível em sua geladeira. Desesperou-se ao ver apenas duas fatias de peito de peru e alguns pedaços de carne de vaca assada e por fim resolveu comer no restaurante ali perto.
Lá chegando, sentou-se numa mesa, onde uma simpática garçonete levou-lhe o cardápio com várias receitas... mas todas envolvendo carne. Ele demorou a pensar e decidiu pedir o prato do dia - macarronada acompanhada de fritas.
- Moça - ele chamou - eu vou querer o prato do dia... mas sem carne, tá?
- Ok, eu coloco frango.
- Não, moça, sem nenhum tipo de carne.
- Ah tá! Então algum torresminho, alguma coisa?
Ele tentou ser gentil até tal ponto.
- Olha, se você achar uma plantação de torresmo, pode colocar!


Vista-se - sem informação você fica pelado.
http://www.vista-se.com.br

oitchau :(

Rodoviárias são lugares nostálgicos.
Aquele vai e vem, pessoas que vêm pra ficar, que estão de passagem, que vão pra nunca mais voltar.
É inspirador até.
Renderia belas fotos, belas poesias, belas canções.
Porém, não é um belo lugar.
Poderia ser feito de ouro; não seria um belo lugar.
Ali há despedidas.
Eu sei... eu sei que também existem reencontros! Que soem os sinos e cantem os passarinhos, então.
Mas sempre ficará aquela marca de despedida.

Isso tá tão la no fundo.
Será que sai algum dia?
Você sabe?
Isso ta tão grudado, tão encravado, tão machucado.
Tira daqui, dói.

Deitada aqui, só tentando entender o porquê de tudo isto ser assim.
Tudo passando tão depressa e eu tentando entender se tá certo. Se eu mereço.
O significado das coisas apareceu há pouco tempo.
Uhum, acredite.
Tá escuro aqui e isso seria mais fácil se você estivesse por perto para me ensinar a vencer esse medo.
Esse medo bobo.
Esse sentimento ridículo.
Essa coisa tola.
Menos distância, mais amor.
Menos ressentimenos, mais alegrias.
Vem!
Vem e me diga que eu não sou tão desprezível quanto pareço.

Pérolas de uma sala de cursinho 4

"Jeová é mais foda que Allah"
[Sumaré]

por favor, sem discursos religiosos.

ACORDA!

Eu demorei, mas aprendi.

Eu demorei, mas acordei.

Chega de querer ser poética, que tal falar da realidade?

É, realidade mesmo, aquilo que nós esquecemos que existe.

Nós não estamos em um conto de fadas, onde o final é feliz e só os vilões se dão mal; estamos na vida real, onde todos são iguais perante às forças superiores e todos terão o mesmo fim. Só que dessa vez não vai ser somente os vilões que se darão mal.

Dessa vez a culpa também é sua, é minha, é de todos nós.

Nós, que aceitamos esse modelo que apenas destrói o nosso planeta, que só maltrata os outros seres, que só atrasa a nossa evolução tanto física quanto espiritual.

Nós, que não tomamos atitude para tentar mudar.

Nós, que nos calamos ao ver a injustiça cometida com os nossos animais, com a nossa natureza, com a nossa vida.

Que tal mudar?

Que tal mostrar aos vilões que nós, que antes aceitávamos, conseguimos nos livrar da lavagem cerebral que a mídia nos impõe e que hoje temos ideia formada por nossa própria consciência?

Que tal colaborar não apenas com pensamentos, mas com atitudes de energia positiva, que nos fazem bem tanto por fora, quanto por dentro?

A verdade dói.

Eu demorei, mas senti a dor.

Eu demorei, mas disse bom dia.

E você, até quando vai ficar no conforto que as mentiras da sociedade lhe proporcionam?

um Quatro, talvez?

Ela estava feliz. As coisas corriam bem, felizes, tranquilas.
Algumas turbulências, como ja era de se esperar, mas nada que uma boa dose de riso não espantasse.
Ele, há tempos, estava a deixando cada vez mais radiante... a cada nota, a cada arranjo.
E não havia quem dissesse o contrário, isso era um fato.
"Agora só preciso aprender a lidar com a inveja que a minha felicidade está causando. Mas acho que tiro de letra... pessoas desse nível nunca me preocuparam. Enfim, boa noite, diário. Preciso dormir".

Pérolas de uma sala de cursinho 3

Apesar de termos perdido a maior concha do cursinho, os outros professores ainda se revelam bem preciosos.
Hoje, numa aula de literatura, o professor Léo soltou uma piadinha que doeu na alma.
Preparem seus corações. Aí vai:
"Vocês sabem pra que serve o walkman? não? Quando passa um homem bonito na rua, as mulheres falam 'uau, que man'"
AI!

Atenção senhores fabricantes de roupas íntimas em geral.
Gostaria de informar que nós, mulheres, compramos sutiãs de numeração G não porque temos costas largas e sim seios grandes.
Agradecida.

Nada mais restou, e o que passou passou...

Esse não vai ser daqueles que você vai ler e pensar 'cara, profundo.'
E eu nem quero que seja, quero só expressar minha opinião.
E talvez até eu nem poste.
Mas não é engraçado como o tempo passa, nós mudamos e todos os sentimentos também, menos a nostalgia?
É. Ela tá sempre aí. Cutucando, abrindo feridas, irritando.
Há alguns anos você era feliz e a nostalgia ta aí pra nao te deixar esquecer isso.
Só que hoje você é feliz, eu sou feliz, nós somos felizes. Por que ficar triste pela felicidade passada?
Felicidade pode trazer tristeza?
E tristeza, traz felicidade?
Nostalgia não traz nenhuma das duas.
Nostalgia é o meio, o muro, a divisória, a linha imaginária.
Alguém sabe lidar com ela? Você sabe? Eu não.
É repentino, vem com aromas, gostos, sons, melodias, paisagens, toques. E o pior é que fica, te deixa angustiado, deprêzinho.
"Se talvez eu tivesse me declarado mais"
"Se eu curtisse um pouco mais"
"Se eu aproveitasse mais"
"Se..."
"Se..."
"Se... Se... Se..."
Meu, pra quê isso? Que merda! Já passou!
Vamos lá, cérebro, guarde os bons momentos, apague a nostalgia, e deixe-nos viver em paz.
Vale a pena postar?

Luto.

Vamos todos nos lamentar hoje e sempre, porque o professor que mais soltava pérolas inteligentes no cursinho foi dar aula numa faculdade que ninguém sabe me dizer o nome. Sendo assim, esse blog não terá mais graça, mas eu ainda tentarei ser engraçada, prometo.
VOLTA, CELSÃO! :T

Vamos lá, vamos escrever, vamos praticar.
Isso é simples, não precisa haver inspiração, só um pouco de paciência pra colocar tudo pra funcionar.
Tudo preparado? Papel, caneta - ou um lápis, mais filosófico ainda, dá para apagar - um copo com algo alcoólico pra relaxar e... nada?
São tantos os assuntos: música, cinema, televisão, esportes, atualidades, classificados ou até mesmo política, como me foi sugerido.
Ainda não?
Ok, respire fundo, dê uma volta no quintal, brinque com o cachorro. Não tem cachorro? Serve a irmã mais nova, brinque de provocar.
Sente, inspire, escreva. É simples!
Brinque de provocar de novo, mas agora use as palavras e não o diário secreto dela.
Não?
Pense, pense, pense, pense... Você consegue, você ja fez isso antes. Lembra daquela redação da escola? Ah, é mesmo, isso aqui é vida real.
Então, beba mais.
Beba.
Beba.
Agora chega.
Eu disse chega!
Quando acordar te darei os parabéns, você entrou pro meu time!

RENOVEM-SE!

Alguém me explica por que os compositores estadunidenses adoram rimar as palavras "together" e "forever" ?
Pode estar totalmente fora de contexto, mas um foreverzinho sempre aparece nas músicas, assim como um "tell me what you want, tell me what you need", ou um "i love you", ou "i need you", ou "i miss you", quando não combinados, né.
Por favor, compositores, mudem a fita, esses clichês já nos enjoaram.
E se mais alguém souber dos clichês usados pelos estadunidenses, canadenses, ingleses, entre outros, me avise, estou elaborando uma tese sobre como isso é chato e sem criatividade.
Sem mais.

sepá, e somente sepá, é chato pra caralho, né?

meu forte é rima pobre, regada à cerveja. :)

v o c ê .

Não adianta você tentar;
Eu já sei o que você quer e eu não vou me abalar.
Fica aí com a sua vidinha medíocre,
que eu fico aqui com a minha feliz.

pessoas, pessoas, pessoas...

Há 30 minutos eu postei.
Cara, tem noção do que pode acontecer no mundo em 30 minutos? Bombas caem, pessoas morrem, pessoas nascem, pessoas fazem pessoas, pessoas enlouquecem, pessoas evoluem a tecnologia - mas apenas a tecnologia e não a alma -, pessoas se divertem, pessoas choram, pessoas riem, pessoas voam, pessoas mergulham, pessoas escavam, pessoas dançam, pessoas cantam, pessoas compõem, pessoas interpretam, pessoas, pessoas, pessoas... e você aí, sentado numa cadeira torta, estragando sua coluna sofrendo para esperar passar apenas 30 minutos em frente ao seu monitor.
Mas isso não passa. O tempo tá parado.
Aí qualquer dia você acorda e "NOSSA! ESTOU NO ANO DE 2009! COMO ASSIM?"
Pronto, o tempo passou. Não era isso o que você queria?

saiu (?)

Nós fazemos planos o tempo todo.
Planos pro fim de semana, planos pro final do ano, planos pro carnaval, planos pra faculdade, planos pra você e mais alguém, planos, planos, planos...
Mas nos esquecemos que nem sempre as coisas saem como planejado e aí tudo muda. Fim.
Ou início, né?
Mas que bom que as coisas mudam, seria muito, muito chato se tudo saisse como desejamos.



que perdido isso.
oi, meu cérebro funciona, eu acho.

Procura-se.

Garota de 1 metro e 55 centímetros de altura, esbelta, com curvas bem distribuídas (eu diria), com cerca de 20 anos. Aparentemente fotógrafa e fã de rock indie/alternativo.
Última vez vista (pelo seu admirador secreto) no Bar do Zé no dia 20/06/09. A recompensa pra quem achar é: Ser padrinho no casamento dele com ela; virar seu melhor amigo e sócio do seu blog.
Para maiores informações, http://edenso.blogspot.com/2009/06/procura-se.html

Parada Gay de Campinas.

Só para não ficar em branco, esse dia tem que ser lembrado sempre.

Foram 120 mil pessoas, 7 trios elétricos, muita música, drags maravilhosas e muitas críticas à homofobia.

Grupos de pixadores escreveram no asfalto, durante todo o trajeto, os dizeres "a homofobia mata".

Um homem vestido de Jesus falou sobre religião, preconceito e sobre uns panfletos que diziam que Deus não era para os gays. Ele estava com uma cruz e nela estava escrito "Que Deus abençoe a diversidade". Foi muito aplaudido pela multidão.

Talvez o que mais tenha surpreendido foi a presença de um pastor - sim, pasmem-se, um pastor! - discursando sobre a homofobia religiosa.

Depois de uma semana de chuva, o sol brilhou no centro de Campinas para as 7 cores do arco-íris passarem, tomando conta da cidade. Muitos casais héteros com os seus filhos pequenos prestigiaram a Parada, ensinando logo cedo aos pequenos que a homofobia não leva a nada.

As fantasias dos travestis e drag queens estavam simplesmente maravilhosas. E foram vários os temas: viúva negra, mulher maravilha, felinos, anos 50, boneca, princesas da Disney, village people, mulher gato, dentre outras mais estilizadas, mas tudo com o seu charme.

A Parada foi encerrada no Largo do Rosário, com shows de mpb e drag queens, que alegraram a noite campineira.

O sentimento que fica é a esperança de acabar com o preconceito e a discriminação imposta aos gays pelas religiões e pela política de homofóbicos.

Vamos pra parada gay, galerê? :)

broxei.

Pérolas de uma sala de cursinho 2

A imbecilidade é mais fascinante que a inteligência, pois a inteligência tem limite, a imbecilidade não.
[Celsão]

frase digna de mil argumentos, mas nao estou afim de iniciar uma discussão agora.

Pessoas vêm, pessoas vão.
E você aí parado, achando que elas se importarão.
É um entra e sai, um vai e volta.
E você aí esperando, achando que um dia, talvez, elas fiquem.
Mentira.
Eles sempre vão te abandonar. É mais fácil você aceitar.
Do que ficar aí... esperando, achando, se iludindo.
É uma falação, todos ao mesmo tempo.
E você ai, quieto, acreditando em tudo o que lhe é dito.
Ignorante! BURRO!
Pra quê eles seriam sinceros?

eu me surpreendo com as minhas ridicularidades.
são que nem particularidades.
aff.

Eram tantas recordações que Ela nem sabia qual escolher para saborear.
Por fim achou uma: era de manhã; não manhã cedo, manhã tarde, quase de tarde. Aquele homem a carregava com um braço e no outro, ela via sua irmã rindo. Ah... que riso gostoso.
Os três rodopiavam, riam, pulavam e rodopiavam mais uma vez. Era bom.
Ela nao sentia medo. O frio na barriga era por causa da rapidez imaginária com que giravam, rapidez parecida com a dos pássaros voando lá no alto, naquele céu azul que fazia lá fora.
Aquela recordação trazia junto consigo o azul. Azul?
É! Azul do céu!
Eles riam.
Era bom.
Era feliz.

Liberte-se.

Comece pelo título, pense num bom final, em rimas ricas e fortes.
Não se esqueça do conteúdo, exteriorize-o.
Põe pra fora, deixe que o vejam balançar.
Seja o que você quer ser, do início ao fim.
Faça o dever de casa, senão levará uma advertência.
Cuidado com as advertências, elas acarretam numa suspensão.
Componha lindas músicas, pinte lindos quadros, encene uma ótima peça, dance a melhor coreografia.
Seja legal com o seu irmão mais novo.
Seja amável com seus amigos.
Seja falso com os seus inimigos, mas cuidado que isso provoca irritações.
Dê o melhor de si.
Dê um basta quando quiser.
E quando cansar, fuja.
Caso consiga fugir de si, me ensina.
Obrigada.

!

Exteriorize essa sua podridão, assim ninguém se engana quando te vê.
Assim ninguém perde tempo querendo saber se você é mais interessante ou não.
Pára de fingir que está tudo lindo, porque não está. E nem nunca esteve. Talvez nunca estará. Porquê, simplesmente, não é.
Vamos parar com essa enrolação e sejamos práticos.
Assuma o seu auto-nojo.
E foda-se! Não queira saber se gostam ou não. No fim você vai mandar tudo ir à merda mesmo.
Melhorou? Não?
Parabéns, você descobriu o que é ser isso.


Mas chega de frescura e vai viver.

my twilight.

Fechei meu mês com um lindo pôr-do-sol.

Uma chave de ouro para um poema tão lindo.

Que venham mais maios, mas em forma de junhos, julhos, agostos...

Que tudo se repita, mas em forma de futuro.

There's only one thing to do, three words for you... I love you.

"Palavras me machucam. Eu preferia que fossem socos, tapas e pontapés... doeria menos. Meu subconsciente se acostumou a ligar uma coisa a outra, mesmo que nada faça sentido, e eu cansei disso! Uma hora ou outra o sentido se faz, mesmo sendo falso.
Cansei de querer achar respostas, elas simplesmente não existem e cabe a mim aceitar isso.
Aquelas palavras me machucam, embora não tenham sido escritas para que eu as lesse. Maldita vontade de querer saber mais.
As minhas palavras me machucam, não nascem como eu quero. Talvez eu seja tola por tentar, mesmo sabendo do tamanho do fracasso capaz de sair.
As suas palavras me machucam. Mas eu perdôo, a culpa não é sua, a culpa é minha, sempre foi.
De qualquer forma, as suas palavras são logo abafas pelas nossas.
Ah, as nossas... me enchem de esperança!"

Pérolas de uma sala de cursinho 1

"Indústria de mão-de-obra é motel"
[Celsão]

Três - Reviravolta

Ela não imaginava que passaria por tudo isso. Já havia algum tempo que estava bom, mas pensando bem, estava bom demais. Ela pára e pensa, a barriga gela, o pensamento voa longe. Apesar do senso comum, era isso mesmo o que acontecia.
"As coisas fluem naturalmente." pensou.
Havia um medo. Um só. Apenas. Somente.
É tão singular que não a deixa nem por um segundo.
As lembranças recentes encantam e se juntam para formar uma história, um passado sendo construído pouco a pouco, com fragmentos de futuro.
Ela repassa as lembranças lentamente, tentando não perder um segundo do que foi vivido, na ânsia de saber como será até o fim dos dias. O medo volta, mas a felicidade o abafa.
"Acho que achei a perfeição." conclui.

Antes tinha mais graça.

- Chega de papo e vamos dormir? Posso apagar a luz?
- NÃO! Me espera dormir antes!
- Mas que medrosinha que a minha prima é.
- Vai zoando!

tem dias que a janela é tão tentadora...

far.

Por mim, te levava pra longe.
Onde nada pudesse te abalar,
Onde fosse seguro ficar.
Onde o frio é só externo...

Eu conheço esse lugar,
Eu te levo, vem comigo?
Me dá a mão, eu te guio.
Só prometa nunca mais soltar.

Faculdade ou Morte!

Fazer cursinho é uma coisa engraçada, apesar de ser cansativa.
Numa bela tarde de sexta-feira, a professora de gramática, falando sobre as pérolas que os ex-alunos escreviam nos simulados, soltou uma frase que define o temido 'ano do vestibular' pra todas as pessoas que passam por ele. Ela falava que só fala as pérolas de quem não está mais estudando lá e assim definiu: "Ou eles estão mortos, ou já passaram no vestibular".
Se for analisar direito, isso não tem relação entre ter suas pérolas divulgadas ou não, mas sim o que nós, vestibulandos, sentimos enquanto estamos enfiados numa sala de aula abafada.
E, pra falar a verdade, quem nunca pensou dessa maneira?
Ou morremos, ou passamos no vestibular.

Abstrato

Um flash.
- Segura a cabeça dela, segura!
- Eu to bem, me ouve!
Algumas lembranças, tudo muito abstrato. Alguns rostos.
Outro flash.
- Corre, corre!
Uma pessoa de branco, algumas informações, um elástico. Pra que um elástico? Ah, sim, a seringa. Seringa?
- Você vai ficar bem.
Luzes, vozes preocupadas, feições aflitas, mãos, copos com água. Um rosto conhecido aparece.
- Como você tá?
- Bem, ué.

É, Ela finalmente descobriu o que era beber demais.

Dicionário.

Ultimamente, eu tenho reparado bastante em como as pessoas interpretam o amor. Mas repare você também. Em todo lugar que olhamos, há alguma declaração, alguma frase filosofada por um desconhecido qualquer, um desenho, um grafitte, uma música, uma poesia, uma arte.
Porém o que me chamou mais a atenção foi uma frase que traduz tudo em poucas palavras e está numa embalagem de bombom, que diz o seguinte: "Se você está se sentindo estranhamente feliz e sorridente, das duas, uma: ou está apaixonado, ou ficou louco. No fundo, nao faz muita diferença."
Por mim, juntava todas as "filosofadas" e formava um mega dicionário do amor.
Chega de idéias ridículas por hoje.

Quer coisa melhor do que as surpresas que a vida nos reserva? Até pouco tempo atrás eu estava decidida a não acreditar.
Olha só o que você me fez.
E eu gostei.

Sentido, tentado, usado.

"Não sai nada. Não que eu não sinta nada, talvez eu só esteja confusa a tal ponto de não conseguir me expressar.
Ou talvez só me fez ver que expressar-se é uma coisa difícil e eu achava que era fácil por simplesmente não sentir.
Não que eu nunca tenha sentido.

É. Mas me expressar usando frases feitas é uma coisa vaga. Eu devia falar por mim.
Não que eu nunca tenha tentado.

E por fim: talvez é uma palavra bonita. Pena que o significado dela seja vago. Prefiro o sim, o não. Uma certeza. Não gosto do talvez.
Não que eu nunca o tenha usado.

Afinal, saiu algo."

Dobrei a folha e virei para o lado. Adormeci.

Estava escuro, mas eu conseguia enxergar o seu rosto.
Estava silencioso e a sua voz soava como música.
Aquelas três palavras chegaram num momento tão inesperado que me fizeram paralisar.
Mas, pensando bem não haveria momento melhor para ouvi-las.
Horas, sorrisos e sofás depois, eu já estava certa de que aquilo não era como eu havia sonhado na véspera. Era melhor. Era verdade.
Estava silencioso, mas aquela musica soava na nossa cabeça.

É contraditório, mas eu não sou a primeira a notar o quão contraditório é o amor.

Eu consegui escrever sobre tudo isso, mas acho que ficou confuso demais. Espero conseguir decifrar tudo em breve.
Contudo, eu sei que é bom, é gostoso e eu estou adorando essa ansiedade.

Dois.

Ela havia desistido, isso já era fato. E como o destino gosta de brincar com os nossos sentimentos, não é? De novo ele interveio, mudando todos os planos e certezas.
O verão ja tinha acabado, trazendo os ventos frios e algumas recordações, essas que têm sido úteis, Ela não quer repetir os mesmos erros, de novo, não. Dessa vez era pra acertar, talvez isso que causasse mais medo, ela estava cansada de errar.
Sentada no vão entre sua cama e seu armário, pensava em mil maneiras de resolver esse impasse. Ela não tinha certeza do que sentia, era um misto, nada definido e a cada pensamento novo, ficava mais irritada em não saber o que fazer.
O maior problema é que Ele se mostrava interessado, mas havia um ser desprezível que o chamava de "amor" pelo menos três vezes a cada minuto, e que exalava um misturado de perfume, cigarro e gloss de morango.
"Mas que merda, até quando isso?"
Ela tinha duas semanas para decidir entre ir para outro país com a sua mãe, ou ficar morando com o pai. A separação não tinha sido dolorosa, seus pais estavam melhor separados, o clima estava amigável até sua mãe decidir mudar. Por que mudar? Estava bom assim, Ela tinha os dois pertinho, não morria de saudades nem de um e nem de outro. Viviam bem assim. Por quê?
Mas questionar não iria adiantar, pior ainda, só faria o tempo passar mais rápido, apenas duas semanas para mudar um destino inteiro. "Talvez seja melhor se eu fosse com a Mãe. Pessoas novas, lugares novos, costumes novos, ares novos... e a língua não é diferente".
Decisão tomada, malas feitas. Dois dias antes da viagem, o telefone toca e alguém do outro lado da linha, pede para ter uma conversa com Ela. Era Ele, e trazia novas notícias.

Cuidado com os anjos

Era uma vez uma princesa que gostava de passar horas ociosas em frente ao seu espelho mágico conversando pelo msn com as suas amigas princesas de outros reinos.
Certo dia, estava ela perdendo mais um dia ensolarado em frente ao espelho, quando um sapo adicionou seu endereço de email à sua lista. Pobrezinho, tão feio! Mas como ela era uma princesa boa, que se preocupava com todos os seres à sua volta, resolveu dar atenção ao pobre sapo.
- Olá, meu caro sapo!
- oii limdaa!1 tudo beim com vcCC?
A princesa assustou-se um pouco, então resolveu perguntar:
- Que nobre senhor passou o meu endereço eletrônico à vossa senhoria?
- um anjoO veioo em meu sonhOO e disse seu msn e pediUu para te add s2
Depois daquele dia, ela nunca mais acreditou que os anjos eram bonzinhos.

um e meio - estado de transição.

Ela tem conseguido dormir ultimamente, mas sempre com aquilo na cabeça.
Aquilo ou Aquele. Na verdade as coisas estão meio confusas ainda, mas nada que o tempo não resolva.

Mas ficou clichê demais.

Versos Íntimos

Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

[Augusto dos Anjos]

um.

O que pensar do amor na adolescência, quando tudo muda tão rápido: o tempo, a moda, os cabelos, as vontades, as músicas, a escola e até mesmo nós mesmos?
Conversando com uma amiga, Ela estava apenas tentando se mostrar seca. Na verdade, era o que Ela estava tentando ser havia algum tempo: seca. Apenas.
Mas talvez, o que tenha feito com que se frustrasse mais, era saber que isso nunca aconteceria, Ela não mudaria a tal ponto, era uma mudança radical demais, era pedir demais.
- sorte daqueles que não amam, eles não sofrem. - Ela concluiu.
- você acha que eles não sentem um vazio? eles não tem em quem pensar, não tem quem faça o coração deles bater mais forte, não tem motivo nenhum pra ficarem bobos e darem aqueles risinhos bobos! é como caminhar no vazio, ser oco. isso vai de pensamento pra pensamento... mas eu prefiro a saudade do que ser oca! eu gosto de gostar, tenho medo de sofrer, lógico, mas...
Ela demorou mais para dormir naquela noite.

então, o amanhã será outro dia...