terça-feira, julho 24

num era pra ser inverno?

e quando esses ventos me lembram daquele verão,
me preocupo apenas em manter aquela estação
como um lugar onde houve muita lição
e me vejo naquela mesma aflição
com medo de que tudo seja apenas uma recordação.

eu juro que vi uma bolinha prata no seu queixo

recebeu-me com um beijo canábico num fim de tarde fresco e amarelo.
as brisas passavam por aquele barracão nas suas várias maneiras.
quis saber os meus porquês, dos meus o quês e, se pudesse, até dos meus buquês.
me mostrou seu céu marcado a agulha, seu dialeto e até seu afeto.
ensinou-me um pouco da nossa paixão em comum e com isso deixou-me um pedaço seu
e enquanto as luzes laranjas pesavam junto ao branco ambiente,
me mostrou seu lado impermanente.
seus mil destinos, seus mil caminhos
e eu, admirada que estou, fico aqui sonhar
com esse mundo que também quero explorar
mas olha só, mais um gosto para compartilhar!

me explodo em cores

despede aqui, recebe ali.
um entra-e-sai, um vai-e-vem.
parada eu fico, observando o movimento
as vezes tentando decifrar quem é quem.
saudosa ou eufórica, entro nessa dança
e quero, então, desfrutar de toda companhia,
de todo o samba, o pop, o rap
de toda arte, todo amor, todo ardor.
vou me construindo assim
e - que me perdoem a rima -
com tudo isso perto de mim,
transformando o que era uma menina
em algo um pouco diferente
mas que ainda expande, vive, sente.

quarta-feira, julho 18

e se eu bem te conheço, palpito que você sorriu!
as vezes é bom observar, mesmo que de longe, bons exemplos de ótimos amores.
brindo a felicidade, mesmo que alheia - ela contagia!
e já que a onda é de plumas voando, que para você o amor flua! que venha com a brisa e repouse no seu coração como pequenas folhas repousam suavemente em óculos de algum doido correndo na grama verde, verde, verde...

terça-feira, julho 17

e quem disse que a bagunça não pode ser boa?

pudera eu falar sobre todos os amores que vivem aqui dentro.
tem de tudo quanto é jeito! cada um com a sua particularidade, mas todos incondicionais.
e, condicionalmente falando, só me apego a um requisito: a ausência da posse.
os amores são livres, eles voam por ai.
seguem fluindo, numa valsa ou ballet, colorindo a vista.
trazem a experiência, fornecem bagagem aos olhos, constroem bons sentimentos.
e, observando minha tentativa de generalização, consigo apenas desejar que eles não me deixem,
que venham e me transbordem!

terça-feira, julho 10

voz de veludo, vem carinhosamente amansar meu coração.
numa calmaria, num fim de tarde, em coisas boas.

sexta-feira, julho 6

a volta pra casa

sem querer acabo lembrando dos momentos em que a companhia de volta pra casa era sincera e desinteressada.
e por que há tanto interesse num pequeno pedaço de caminho, senão a pura companhia?
o ser humano destrói qualquer esboço de sentimento bom!
e eu não falo de amor carnal, tô me referindo ao amor espiritual, se é que alguém consegue me compreender.

domingo, julho 1


E os nossos amores eternos, quais são?
Afinal, o amor passado interfere nos amores futuros e todos se entrelaçam numa mente confusa.
Acaba que os outros sentimentos perdem seu foco, seu sentido... divaguem por aí.
E qual a finalidade disso tudo? Que valsa incessante e constrangedora. Basta!



(...) O problema é que eu sempre me contradigo!
vamos colorir a mente!
alegria, alegria!