Espaço Vazio

Sua bagunça e seu silêncio.
Ninguém pra piorar a bagunça, ninguém pra matar o silêncio.
Suas coisas e sua cama.
Ninguém pra dividir.
Seus problemas.
Ninguém pra piorá-los.
Seus hábitos e sua decisões
Ninguém pra interferir neles.
O cúmulo do egoísmo.
Tudo seu. Só seu.
Só-seu.
Só-zinho.
Só.

Ok, ok. De nada nessa vida temos certeza. Fato.
Só que viver na dúvida é um tantinho chato e indiretas deixam um vazio.
Foi-se o tempo em que elas completavam. Volta, tempo?
Tempo bom. Não que esse não seja, nenhum tempo é ruim.
As lições nós tiramos de todos os tempos. Pelo menos esse é o lado bom do tempo que pensamos ser ruim.
E o lado ruim do tempo bom? Não sei o que ele nos revela.
Peraí! Tem lado ruim? Achei que por ser bom, não haveria outro lado.
Ambas as partes, ambos os sexos, ambos os pontos de vista.
O esquerdo e o direito, o feminino e o masculino, o bom e o ruim.
Ambos os pontos de vista.

então dorme, anjo. não vale a pena preocupar-se por tão pouco, o universo inteiro conspira a nosso favor.

E eu cheguei à conclusão de que matemática é uma coisa bem inspiradora mesmo.
Pra suicidas ociosos que precisam de um bom motivo.

"Ela vai fazer história... quem é normal fazendo história?"
Eu não sou, você é?
Credo, sai pra lá monotonia.
Agora, uma opinião pessoal da criadora do eu-lírico que aqui vos escreve: Ela tomou isso com um elogio e no fundo achou super legal!

Pra quê?

Pra que conversar se posso violentar?
Pra que colaborar se posso contrariar?
Pra que brincar se posso brigar?
Pra que entender se posso confundir?
Pra que colorir se posso descolorir?
Pra que ajudar se posso atrapalhar?
Pra que elogiar se posso difamar?
Pra que ficar se posso ir?
Pra que dançar se posso deitar?
Pra que rir se posso chorar?
Pra que amar se posso odiar?
Ah, o amor... ele que nos impede disso tudo.

Cinco - Ele e Ela.

Não saber o que fazer. Ela não sabia e Ele também não. Só que com coisas diferentes.
Ela com a dor. Ele com Ela.
Na verdade, a questão dele é um pouco mais complicada, ja que Ele nem sabe como lidar com isso, é um tanto novo esse mundo sob o seu ponto de vista. Mas a situação está deixando de ser chata e começando a ficar triste... será que Ele percebe?
Ah.. Ela percebeu ha muito, muito tempo. Ela está sentindo ha muito tempo. Sentindo a agonia, eu digo, porque o amor está sempre presente. Seu único medo é de que o amor seja sufocado pela agonia.
Ah, meu Deus! Tem como? Será?
Toquei no ponto crucial. Agora, feri.
E é aí que eu retorno a afirmar: pensar não é uma coisa boa.
A agonia ainda não sufoca, pode nem sufocar, mas os pensamentos sufocam. Seu peito, sua alma, sua calma. Daí o medo, a insegurança, a tristeza, a agonia. Esses vão se desencadeando rapidamente, machucando com o seu desenrolar.
Tudo isso dentro dela.
E Ele nem percebe.

Não quer acreditar, não acredite. Mas quando eu digo pra não se importar com ninguém, porque ninguém se importa, eu que sou a chata.
Ainda preciso descobrir se sou cética ou não, mas ta difícil.

vida pública é um saco mesmo.
cheio de gente que não presta querendo saber.
ai, que raiva.

i'm almost alive, and i need you to try... and save me.

Eu não tô mais suportando tudo isso. Dúvidas, pra que vocês apareceram? Eu estava bem sem vocês. É? Não é? Saco.
Ou talvez eu esteja tão fechada num mundinho ridículo que nem consiga entender o que se passa um palmo a minha frente. Obrigada, egoísmo. Você só se mostra presente nos momentos em que eu realmente devo pensar em mim.
Pode ser também que as pessoas não consigam ser mais claras comigo, não pode? Merda.
Ta na hora de aprender a viver, né?
O problema é que eu nao sou autodidata.