sábado, dezembro 25

lembra quando?

Aqueles conselhos que eu ouvia desde pequena começam a fazer sentido.
- Aproveita agora, minha filha, quando você for adulta vai ter tantas responsabilidades - dizia um.
- Sua responsabilidade vai aumentando conforme você for crescendo... curte seus momentos livre de culpa agora - outro completava.
- Vai brincar, vai, depois você cresce e não tem tempo pra isso.
Eu já sou adulta? E por que tudo isso se encaixa perfeitamente?
Não, não existe mais tempo para alegrias, para espontaneidades, tudo deve ser cronometrado, senão os trabalhos não serão entregues, o sono não será suficiente e a comida não ficará pronta.
- Mas, mãe, ser criança é chato demais, não posso fazer nada!
Não, chato é cuidar de si... e sozinho!
- Odeio ser adolescente, não posso nem ir em bar sozinha.
Agora que eu posso não tenho tempo. Ou se tenho, não me sobra o dinheiro, que faz falta pra um vale-bandeijão naquele dia que você tem que ficar o dia todo estudando, porque acumulou.
Um ano nesse ritmo, brincando de ser gente grande, e certos prazeres se vão, acredite. A comida não tem o mesmo gosto, a música não diverte tanto, a bebida nem exalta mais. Certos abraços não confortam, certas saudades nunca são saciadas, certas vontades nunca satisfeitas, por mais que eu tente.
Esse é o caminho pra idade adulta? Se for, to seguindo. E olha que eu nem to na metade.
E depois daquele hardcore animador, que pedia para que esperassem que o melhor viria logo, posso fazer uma paródia cantando "Espere mais, que o pior está por vir".

sexta-feira, dezembro 24

A nictofobia some as vezes.
Esporádicamente ela é tomada de uma coragem que não sabe de onde vem.
Lack of color vai se preenchendo, transatlanticistas vão navegando em seu rumo.
Delaware fica distante distante.
Disso tudo, dentro de uma caixa vermelha - entre cabelos e anéis, perfumes e letras - ela guarda o que foi bom. O que acrescentou.
E não foi pouco. Aquela caixinha ficou pequena demais pra tantas boas recordações.
Uma pena os violões terem cessado pra ela.
Ela torce para que recomecem para outrem, a música nunca pára.
E a amizade? Ela fica?

domingo, dezembro 19

Pelo menos o fundo do blog ta bonitinho. Alguma coisa aqui devia prestar né.
Ou nem isso?

sábado, novembro 27

Sono II

Com as mesmas características do Sono original, mas dessa vez acrescenta-se a palavra "ronco" em algum cantinho, certo de que essa particularidade é benéfica, nunca maléfica.
Domingão a tarde, criançada brincando e maridão roncando no sofá. Benéfico.

domingo, novembro 14

Uma vez me disseram que o feijão e o arroz só se encontram de passagem, depois de abandonar a embalagem, embora sejam a perfeita combinação.
Eu entendi que, como um prato saudável que é, não haveria problema se quando se encontrassem, mesmo que pouco, fizessem efeito sobre um determinado organismo até então uno.
Os pratos vieram e provaram o contrário. Feijão e arroz não servem se forem pra ser consumidos separadamente na maior parte do tempo. Todo dia é a necessidade do prato. Daí a anemia causada pela falta, culminando na morte.
E eu nem sou nutricionista pra saber. Sou doutora da alma, do amor.

sábado, novembro 13

Sono

Agora ele está assim: imóvel, sereno. Respira com tranquilidade, numa expressão que traz paz pra mim.
E eu, ainda boba, me acalmo aos poucos, sinto a energia positiva que ele emana, saindo do meu lado e contagiando todo o ambiente com um cheiro familiar, me lembra maçã.
Ambiente esse precário de um ponto de vista material, coisa que pra nós não chega a ser importante, de material basta nossos corpos. Do resto temos o mundo, o lado bom dele, com todos os amores, as alegrias e lealdades possíveis. Temos o mundo!
Me perco pensando nesse mundo. Fico horas assim: o mundo e ele.
E quando acordo do transe da macieira, observo-o por mais um pouco. Inconscientemente ele está nesse êxtase, nossa sintonia nos levou até lá e esqueceu de ir buscar.
Obrigada, sintonia, o transe virou realidade.

segunda-feira, novembro 1

As vezes eu to jogando paciência - é, aquele joguinho do windows mesmo - e entre uma derrota e outra, entre uma música e outra, resolvo olhar pro nada e pensar.
Minha vida sempre foi uma paciência.
As vezes as cartas viram numa sequência e eu as resolvo com uma facilidade, que até me ilude, me faz pensar que estou no caminho correto, que devo seguir adiante.
Mas aí as coisas se complicam e não acho mais encaixe pras cartas que vão aparecendo. Me complico.
Dou voltas, desfaço o que dá, modifico o possível, mas não. Não.
"não ha mais movimentos possíveis, o que deseja fazer?" E seguem as opções.
A única diferença é que quando o negócio é pra valer, não tem aquela opção "novo jogo"
E aí você me ve perdida no meu caos. Tento embaralhar minhas cartas de novo e começar uma nova rodada. Mudo o baralho, mudo a mim mesma. Acredito nessa mudança mas vem de novo a sequência maldita que me faz perder. E vejo que mudar a mim mesma não é o caminho, não há caminho. Posso me modificar inteira, continuarei com as minhas partico-ridicularidades que me acompanham desde o começo de tudo, desde a escolha do baralho, do jogo.
Ânimo menina, ainda há dois terços de derrotas pra te ensinarem alguma coisa, cabe a você absorvê-las ou não.
Espero que elas realmente me ensinem a chegar a vitória.

sábado, outubro 30

A toa, como quem não quer nada

Sabe,
desisti.
eu queria esquecer meu lado melancólico e só viver em paz, ser feliz.
Esse negócio me acompanha, negada.
Como cheiros inesperados que vêm como socos na boca do estômago para acabar com o ar.
A nostalgia acompanha, não deixa de ferir.
O silêncio vem com ela.
A música me diz que a coisa tá ficando preta. E aí?
Ou fica de vez ou vai embora.
Talvez tudo isso seja um adeus e eu não sei interpretar.
E aí?
"O meu quintal parou de dar maracujá, uva e limão."

segunda-feira, outubro 25

A luta não foi válida (.) (?)

sábado, outubro 16

Perguntinha pra vocês

Um dia me disseram que a indiferença era o que mais doía em uma pessoa.
E eu toda cheia de orgulho não acreditei e ainda insisti que era o ódio.
Daí minha vida da um giro, tudo muda e eu começo a perceber que sim, é a indiferença, o silêncio. O segundo ainda é pior: você espera retorno, espera um ruído ecoando por aí, mas nada. Nada.
E é aí que eu lhes pergunto, meus camaradas, esse silêncio é absoluto ou relativo? Tô em dúvida.
cinza.
assim que estou agora, num preto e branco sem saída que faz a vista escurecer.
as mudanças que acontecem ao meu redor são complexas demais pro meu entender, daí eu fico perdida, olhando tudo passar, acontecer.
- mas mudou algo? até então era tudo igual.
- mudou, ta preto e branco.
a surpresa no meu rosto surpreendeu até o mais entendido do assunto. é, as coisas mudaram mesmo.
aquele cinza era demais pra minha cabeça.
aquele horizonte era demais pra mim.

quinta-feira, setembro 30

Se um dia alguém conseguir ler minha mente... Ai, meu Deus!
Não sei se morro de vergonha por mim, ou de dó pelo infeliz.

quinta-feira, julho 22

nós, seres (medíocres) humanos, vivemos tentando nos expressar em palavrinhas bonitas.
pra quê? um macaco não faz isso e é muito mais feliz.

procuramos independência...

Acontece que a falta é minha companheira fiel, não me deixa um minuto, nem pra raciocinar sozinha. Ta sempre ali, me cutucando, cochichando.
A saída, que eu já encontrei, é me acostumar e levar... Sonhar com dias melhores, lutar pra que eles cheguem. É, to lutando. Queria ganhar logo.
Temo pelo outro lado. Até quando minha luta será válida sob o seu ponto de vista?
Decepção já não faz parte do meu vocabulário.
Solidão faz.

sábado, junho 5

Peraí que eu to chegando!

E você, já se acostumou com a dor?
Aquela menina que eu vi no quadro já. Tem olhos conformados, numa expressão que não se sabe se era de desamparo ou indiferença. Era um misto. Talvez fosse tanto desamparo que a indiferença já a tenha tomado em seus braços. Bom pra ela, tá no aconchego.
E quando reparou que eu olhava, saiu do colo e me encarou. Olhou fixamente, tão fixamente como eu não via há algum tempo. Esse olhar me fez vacilar ou viajar, ainda não sei, só me lembro daqueles olhos tão comuns para mim, deixando de ser olhos de menina para se tornar olhos de mulher.
Se vacilei ou viajei, ainda não sei, mas lembro dela se aproximando. Se foi depois de um minuto ou uma hora, ainda não sei, mas ela estava perto, sussurrando ao meu ouvido. Demorei tempo demais para entender o que ela dizia, na verdade ainda não sei muito bem, algo com paisagens. Devia ser a paisagem do seu quadro, um quarto com uma janelinha que dava vista pro nada, um muro.
Ela sussurrou por muito tempo e eu, por preguiça ou burrice, não consegui ouvir de tudo.
As vezes eu acho que ela continua sussurrando, mas estou no meu vacilo, ou na minha viagem, longe demais para ouvir o que ela me diz.
Só espero ouvir antes que desses olhos de mulher se perca o olhar. Antes que seja tarde, para ser mais exata.
E, num intervalo do meu vacilo, ou da minha viagem, começo a associar. O quadro volta a ser um espelho e a menina, que virou mulher pelo olhar, volta a ser menina. Por quanto tempo?
É, neguinha, a farra acabou.
A galera calou,
O bar fechou,
E você aí, perdida no tempo ainda.
O que lhe falta não é o que se foi.
Falta a compreensão.
O que rima com passado?
Pra você era só uma saudadezinha, mas agora é o que?
É só pior do que antes.
As coisas se acabaram, calaram, fecharam, pioraram.
Nada rima.

sábado, maio 29

Geralmente, as melhores coisas feitas por mim não são planejadas e eu acredito que é assim com tudo. Na maioria das vezes, meu bem, nem adianta planejar. Vai lá e vive! Eu sei, eu sei que nem sempre é bom, mas não desanima, não, que logo o acaso cuida de mudar sua rotina... mas daí certas coisas farão falta, como a sua capacidade.
Falta completar, não?

domingo, abril 18

A pergunta que nao quer calar

Voce ja sentiu vontade de morrer?
era pra rimar, droga.

quarta-feira, abril 14

Desculpe, mas não sei mais escrever.

Eu ja pensei em escrever mais, mas... não sei, nem vontade eu sinto. Saudade sim, isso eu sinto, justo o que eu não queria sentir.
Eu quero sentir o perto, o calor, o carinho.
O amor.

domingo, março 28

A vontade de chorar ta aqui.
A nostalgia também.
Então, cadê as lágrimas?
Cara, eu sou deprimente.

sábado, março 27

Sabe o que eu acho?

Era pra ser tão simples
Um macaquinho que evoluiu.
Mas aí complicaram demais, ficou complexo e ninguém entende.
Ah, se o macaquinho soubesse do problema que ele causou...

quarta-feira, março 17

Escrevi um poeminha no meio da aula, mas ta no caderno.
É legal, é legal.
É tudo diferente.

terça-feira, março 9

Minhas ridicularidades voltaram, mas agora elas têm motivos.
Ah, quer saber? foda-se tudo. To odiando até escrever.

terça-feira, fevereiro 23

A Bunda Dura

Por Arnaldo Jabor

Tenho horror a mulher perfeitinha.
Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário?
E, só pra piorar, tem a bunda dura!? Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes. Sou louco? Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?
a - ESCOVA TODA MANHÃ: A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar- se no Padrão "Alisabel é que é legal". Burra.
b - NA MODA: Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS. O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar"desarrumada" nem enquanto tiver transando. É capaz até de fazer pose em busca do melhor ângulo perante o espelho do quarto. Credo.
c - SORRISO INCESSANTE: Ela mora na vila do Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipática com orgulho - só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás ela nem sabe o que a palavra significa, coitada.
d - BUNDA DURA: As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico (isso quando não enfiam o dedo na garganta pra se livrar das 2 calorias que ingeriram), portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão.
Bebida dá barriga e ela tem HORROR a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você. Cerveja? Esquece! Melhor convidar o Jorjão.
Pois é, ela é um tesão. Mas não curte sexo porque desglamouriza, se veste feito um manequim de vitrine do Iguatemi, acha inadmissível você apalpar a bunda dela em público, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps.
Que beleza de mulher. E você reparou naquela bunda? Meu Deus...
Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira de bebedeira.
Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas adora sexo. Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nem chegam a ser um problema).
Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade. Nem pra dela, nem pra sua.
Sou daqui, mas quero ser de lá.
Aqui não tem tanto carinho, beijinho.
Não quero aqui, quero lá.
Quero ele.
Uma pena isso ter ficado tão ruim.

sábado, fevereiro 13

126 caracteres e um sorriso aparece.
Ah, sorriso, eu juro que amo quando você resolve passar por essas bandas.

domingo, fevereiro 7

Dessa vez não é

Eu me empolgo
Eu enjôo
Eu troco.
Rotina com quase tudo a minha volta. Mas, veja bem, eu disse QUASE tudo.

quinta-feira, fevereiro 4

O tempo me odeia.
Esses dias ele correu, agora decidiu rastejar.

sexta-feira, janeiro 29

Falta Alguma Coisa

Já sentiu ódio? Ódio mesmo. Ou raiva, também serve.
Já teve esses sentimentos e conseguiu se controlar?
Já odiou tanto algo a ponto de chegar a não sentir mais nada sobre isso, nem mesmo o ódio?
A verdade é que não podemos ser indiferentes àquilo que odiamos.
Uma pessoa que odiamos é justamente a que mais nos atrai.
Uma música que nos traz péssimas lembranças é aquela que nosso masoquismo faz com que seja a nossa mais ouvida.
Palavras que causam ódio são sempre as mais ditas. Ou lidas.
Não se pode ser indiferente ao ódio.
Ele nos fascina. Nos encanta e acaba fazendo com que fiquemos fissurados no objeto odiado.
Não concorda?
Odeie alguém e me diga se não sabe até dos desejos mais íntimos dessa pessoa.
Apenas odeie.

quinta-feira, janeiro 28

Misteriosa.
Sou daquelas que ou você decifra ou não. Sem o meio-termo.
Tem que lutar pra entender o que se passa aqui dentro.
Daquelas que atraem a presa pela aparência. O interior é o que se deve esconder.
Depois que ta nas garras, ou se livra delas logo, ou aprende o que é paciência.
Paciência.
Pra mim uma virtude. Você tem? Me encantou. Ou não.
O de lá ou o de cá? Indecisão.
Voltamos à paciência, mas ainda não sei se agrada.
Decifrou?
Não. Eu sei que não.
Porque ninguém decifrou, nem eu.
Gosto dos meus mistérios e prefiro continuar com eles.
E quando souber decifrá-los, não serei mais eu. Daí acabou a graça.

quarta-feira, janeiro 20

Uma breve história.

"Quando ele ficou pedindo pra me beijar, eu me senti a melhor de todas. Eu beijei. E fiz ele de palhaço. Aí sim eu fui a melhor de todas. Fim"

segunda-feira, janeiro 18

Tem tudo pra ser minha banda preferida: o ritmo é gostoso, as letras com um bom conteúdo, bons temas, os integrantes com a sua boa índole.
Talvez eu esteja enlouquecendo mesmo.
Talvez aquelas pessoas ruins estejam certas.

sábado, janeiro 16

.d'alessandro . diz (01:49):
hahahhahhaha
eu não sei se vou conseguir ver
promete que me liga
?

quinta-feira, janeiro 14

As coisas nunca são como você quer.
As pessoas nunca são como você quer.
Entenda.
Elas precisam aprender com os seus próprios erros, com as suas próprias oportunidades, quedas, frustrações.
Nada do que você diga ou faça pode impedir que elas façam o que querem, embora sua intenção seja a melhor. Mesmo que você saiba o fim da história, mesmo que você faça isso pro bem dessas pessoas. Apenas as suas frustrações mostrarão como que acaba tudo.
Compreenda isso e metade das suas angústias irá embora. Prometo.
"Se eu pudesse, de alguma forma, voltar ao início disso tudo, talvez eu possa salvá-la"

terça-feira, janeiro 12

fragmentos.

eu acho que será pra sempre, mas sempre não é todo dia. sempre há a despedida, e isso eu sei o que é. eu conheço o medo de ir embora, a dor do adeus, da saudade, o desamparo da distância.
são sentimentos que num futuro próximo eu pretendo esquecer, deletar. sentimentos esses que serão sufocados com amor, só amor.

segunda-feira, janeiro 11

so this is the new year and i don't feel any different.