quarta-feira, novembro 30

A Primeira Vez Que Eu Te Vi

O momento não era bom, a fase não era boa. Apesar de todas as boas recordações e de todos os “valeu a pena” que eu disse sobre aquela tarde, eu apenas queria não estar lá.
Não me dou ao luxo de me arrepender, toda a sequência de vistas que tive depois daquele dia me foram, no mínimo, inspiradoras. Acabaram com meu estômago, meus pulmões e minha sanidade, mas não o suficiente para deixar de lado a inspiração, a quantidade de produções intelectuais que me serviu. E, se talvez meus olhos estivessem em chamas, como eu desejava naquela fase, eu não tivesse todo esse azedo atual.
Sem arrependimentos e olhos em chamas. De fato esse primeiro encontro aconteceu e eu não posso negar que foi lindo. Eu, que nem sempre desejei intensamente ver a praia, me lembrei da areia brilhando no fim de tarde. E até hoje essa cena amarela fica na minha cabeça. De longe um sorriso. Na cabeça um por do sol praiano

sexta-feira, novembro 18

vento suave entre a felicidade e a tristeza

As vezes eu queria ser uma tartaruga.
Calminha no silêncio da água - e quão bom é esse silêncio -, nadando pra lá e pra cá.
A natureza cuida do resto.
Ela tem frutas no chão!
Mas é tanta calmaria que se torna até monótono.
E será que tanta calma sem nenhum tormento é benéfico?
Os tormentos te equilibram, te mostram as mil outras facetas de um problema.
Te ponderam...
A única contra-indicação é a sedução do tormento. Ele não pode te seduzir e te levar, te dominar.
Que nos balancemos no pêndulo entre o tédio e a frustração.
Afinal, viver só o é por completo se houver aprendizado.
De que adianta chegar ao fim da vida, aos 150 anos de calmaria, e não ter consigo os saberes do mundo? Ele tá aí pra ser conhecido.
E apreciado.

segunda-feira, novembro 7

criação de minhocas no estilo feminino pernambucano

Eu tenho dó é das minhocas!
Elas estão ali, quietinhas, boas companheiras que são. Em troco recebem o lixo.
Juro que as crio com dedicação: alimento, educo e proporciono uma boa noite de sono,
mas conviver com a podridão é um castigo para as pobrezinhas.