sábado, maio 21

Eu nem te conheço mais

Aquela proteção toda que existiu ao longo de uma vida não tem mais sentido, se é que ela existe.
E quanto mais se pensa em voltar, mais sentido se perde.
Quantas vezes ainda vai escurecer?
Clareia, clareia!
Eu quero o azul, o mesmo da menina de saia vermelha. De preferência, quero o azul de outra menina: a do tênis rosa! Esse azul é a minha maior cobiça.
O azul do vento nos cabelos amarelos e marrons, com um tombo e algumas risadas. Uma bronca ali e tudo se resolve.
Pena que tá preto.

sexta-feira, maio 20

É meio ficção com realidade, ou o contrário.

Tava passando e vi duas pessoas um tanto estranhas conversando. Aqui se segue o trecho no qual andei mais devagar para ouvir:
- Não é que eu lembre só por lembrar, entende? É que é tudo tão azul que eu gosto, me faz bem ter recordações nesse nível. É tão azul... e você ja viu um azul ser ruim? Azul traz coisas boas, me deixa em paz e eu não abro mão do meu bem estar - Disse a menina de saia vermelha num tom só.
- Mas você tem certeza? E se isso se tornar... sei la... preto? - Retruca o amigo, aquele de óculos.
- Não, o azul, no máximo, as vezes vira azul marinho, mas o tempo cuida de clareá-lo de novo e melhorar minha estima. O azul nunca faz mal. - E bebiscou seu café.

Saí de perto pra não perceberem minha presença bisbilhoteira. Mas o azul veio comigo.

sábado, maio 7

Ladra!

Música, poesia, inspiração. Bebida, cânhamo, declaração. Sorriso, olhos, coração. Leitura, camisa, emoção. Cigarros, vergonha, violão. Campo, morro, serração. Teclado, lágrima, atenção.

Abstrato ou não.