E naquele momento eu tive a maior das vontades.
Aquela de ir regredindo, aos poucos.
E voltar no dia em que eu disse "sim".
Mais ainda, ir até o dia em que eu disse "não".
Ou até quando me fizeram desacreditar.
Talvez, indo mais longe, quando a consciência perdi.
Depois, quis voltar até meu primeiro beijo, meu primeiro amor.
Mas a vontade ainda estava ali!
Quis ir mais adiante: daquela vez que um homem rodava duas crianças.
Senti que era pouco e fui mais longe,
como no dia que um solo de sax me deu a maior das provas de amor.
Voltei mais um pouco e vi piscinas, barbies e bebês.
Ou então pirulitos vermelhos e termômetros quebrados.
E quis retroceder até o momento em que nada havia de mim,
quando eu era mais um dentre 300 milhões,
e dali não evoluir.
Era a vontade da janela,
a vontade do "não",
a vontade do "nunca mais" que aflorou com suas razões.
Mas eu continuei ali, sentada num chão de banheiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário